7 de novembro de 2017

Thor: Ragnarok

Batalha dos Deuses

Dir: Taika Waititi, EUA, 2017, 2h10min
IMDB                 Trailer 


Thor, O Deus do Trovão, já teve duas aventuras solo no Universo Cinematográfico Marvel. Thor foi um filme de origem no máximo razoável. Sua continuação, Thor: O Mundo Sombrio, é um dos piores filmes da Marvel. Dessa vez, resolveram mudar completamente o tom sombrio e épico dos filmes anteriores em Thor: Ragnarok e acertaram em cheio ao torná-lo uma comédia de aventura sci-fi.

No filme, Thor é confrontado por uma vilã mais poderosa que ele, a Deusa da Morte Hela, e tem de impedir que ela destrua tudo por meio de sua versão particular do apocalipse, o Ragnarok. E no caminho encontra seu parceiro Hulk em um planeta que é um mix de Roma Antiga com Las Vegas e uns toques da Los Angeles decadente de Blade Runner. E isso não significa ser um filme sem comprometimento com seu universo cinematográfico, pois seus eventos serão fundamentais para a continuidade da série (a tradicional cena pós-créditos é obrigatória).

O filme adota um tom de aventuras divertidas dos anos 80, muito em voga hoje na esteria do sucesso de Stranger Things. Há toques de filmes da série Indiana Jones, já que o protagonista tem uma missão importante, mas sempre se envolve em confusões. Também há o visual futurista intergalátcio daquele período com armas de raio laser que remete a filmes pseudo-trash, como Flash Gordon e o lamentável Mestres do Universo. Certas piadas vão divertir muito os moleques de 12 anos, incluindo os que habitam dentro dos homens de mais de 30.

Sua produção é caprichada, como é praxe no universo da Marvel. Destaque para a trilha sonora fortemente influenciada pelo tecno pop dos anos oitenta, com batidas eletrônicas e excessos de sintetizadores, além das cenas de lutas em que toca o clássico Immigrant Song do Led Zeppelin, já tocada no teaser trailer. Os efeitos visuais também seguem o padrão de qualidade do estúdio e uma indicação ao Oscar nessa categoria é possível.

As atuações são boas. Chris HemsworthTom Hiddleston e Mark Ruffalo estão bem à vontade retomando seus papéis. O ótimo Idris Elba ganhou mais espaço aqui por conta de sua ascendente reputação. O canastrão Jeff Goldblum funciona muito bem como alívio cômico. E tem a fenomenal Cate Blanchett.

Thor: Ragnarok é um bom filme no qual todos os elementos se voltam exclusivamente para um fim: divertir e entreter seu público.

Nota: 7

Um comentário :

  1. Não consigo lembrar em nenhuma trilogia em que o terceiro filme é melhor que o primeiro e o segundo. Thor: Ragnarok realiza esta proeza.

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