21 de janeiro de 2016

Divertida Mente

Coisas da Cabeça

Inside Out, Dir:  Pete Docter/Ronnie Del Carmen, EUA, 2015, 1h35min
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Trailer: clique aqui


Divertida Mente é a mais forte animação na corrida do Oscar. Também está indicada a melhor roteiro original com chances reais de premiação.

O filme conta a estória de personagens que representam os sentimentos de uma adolescente, Riley. Pensei que a estória fosse ultra-original mas descobri, através do canal do YouTube Meus 2 Centavos, que esse tema já foi trabalhado em outras obras, como o filme Osmosis Jones e a velha série de TV Herman´s Head. Mas, como poucos devem conhecê-los, aparenta originalidade.

Os sentimentos controladores são Alegria, Tristeza, Nojinho, Medo e Raiva. Engenhosamente, todas as pessoas do filme são controlados por outras versões desses mesmos sentimentos. E, apesar de parecer difícil entender o conceito, a Pixar, como é comum em seus filmes, o explica de maneira simples, ao mesmo tempo em que conta uma emocionante estória mesmo antes dos créditos iniciais do filme. Lembram do começo de Up, que dizem que construiu em minutos uma estória de amor melhor do que a de toda a série Crepúsculo? (clique aqui para rever).

Tudo estava normal na vida de Riley, seja com sua família, seus amigos e seu time de hockey em Minessotta. Então seu pai decide que todos devem se mudar para São Francisco, e os problemas surgem de forma repentina. A garota terá de reorganizar tudo em sua vida, ainda mais estando com 11 anos às beiras da entrada da adolescência. Aí todas as suas ilhas de pensamento, que dão sentido à sua vida, tem de ser reorganizadas. Durante o processo Alegria e Tristeza são acidentalmente jogadas para fora da sala de controle, tendo que achar seu caminho de volta em meio a todo o emaranhado de lembranças da menina.

O filme tem seus momentos em que parece um pouco arrastado na jornada de Alegria e Tristeza, com excesso de desafios de ambas para voltar para a sala de controle. Também há um excesso de protagonismo do amigo imaginário, Bing Bong, apesar de ser esse um personagem interessante. Mas isso não atrapalha o filme, que tem um ótimo roteiro, com chances reais de premiação, recheado de boas ideias em explicar a mente humana, como a de dizer que fatos e opiniões são muito parecidos. Em tempos de redes sociais em que as pessoas pouco se importam se uma notícia é verdade ou se somente lhes parece verdade, nada mais real.

Como é padrão nas obras da Pixar, a animação é muito bem feita. No entanto, acho que a qualidade estética de Minions (clique aqui para ler o pitaco) foi superior, indicando que a Disney pode estar ficando um pouco para trás na corrida das animações.

Divertida Mente é um bom filme, com destaque para seu roteiro cheio de boas ideias inovadoras e ousadas, em um tempo em que Hollywood tem sido mais continuísta do que nunca. Por conta de seus méritos e do prestígio de sua produtora, é favorito ao Oscar de melhor animação.

Nota: 8

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