Tiros na Fronteira
Dir: Denis Villeneuve, EUA, 2015, 2h01minIMDB: clique aqui
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Sicario é um dos maiores injustiçados na corrida do Oscar. Foi indicado somente em 3 categorias técnicas (fotografia, edição de som e trilha sonora) nas quais é pouco provável que vença, mas poderia ser facilmente indicado em categorias importantes como roteiro, direção, atriz principal, ator coadjuvante e até melhor filme. Talvez, o fato de ser um filme muito pesado e ambíguo pesou contra.
O filme conta a estória de uma jovem agente do FBI, líder de divisão anti-sequestros, que em uma de suas missões é confrontada com uma cena bizarra de corpos escondidos em paredes. O caso envolvia a participação de cartéis de drogas mexicanos e ela passa a integrar uma força-tarefa de agências dos EUA para reprimir o tráfico. No entanto, desde o início, não fica claro quais são os objetivos e as pessoas envolvidas na operação. O espectador acompanha a estória com os olhares da protagonista, tão perdido nesse contexto quanto ela, em meio a fronteira mexicano-americana, sobretudo na grande, pobre, suja e perigosa Ciudad Juárez.
O clima de tensão é uma constante no filme. O diretor Denis Villeneuve consegue magistralmente deixar o espectador ao longo do filme tenso, chocado, enojado e confuso. A trilha sonora de Jóhann Jóhannsson tem um papel relevante nesta construção e foi merecida sua indicação ao Oscar. Também merece destaque a condução das cenas de ação de forma realista, sem pirotecnias. As tomadas acompanham o ponto de vista dos personagens, o que faz com que o espectador tenha uma visão apenas parcial do cenário e das possíveis ameaças.
As atuações são muito boas e mereciam ser lembradas nas indicações ao Oscar. Emily Blunt apresenta um trabalho muito intenso tanto fisicamente quanto emocionalmente, materializando todo o desgaste de sua personagem. Benicio Del Toro, que poderia também ter sido indicado a coadjuvante, e Josh Brolin constroem bem seus personagens enigmáticos, que contribuem para o clima de confusão do filme.
A fotografia é belíssima, especialmente nas tomadas panorâmicas do deserto da fronteira entre México e EUA. O diretor de fotografia é Roger Deakins, figurinha carimbada na categoria, mas que nunca levou o prêmio em 12 indicações anteriores (e o povo faz piada com o DiCaprio!), tendo realizado filmes como Um Sonho de Liberdade, Onde os Fracos Não Tem Vez e 007 - Operação Skyfall.
Sicario é um dos melhores filmes de 2015 e também um dos grandes injustiçados do Oscar 2016. Mas é um filme pesado e perturbador, nem um pouco agradável. Indicado para os que gostam de filmes que mostram a realidade nua e crua.
Nota: 8
O filme conta a estória de uma jovem agente do FBI, líder de divisão anti-sequestros, que em uma de suas missões é confrontada com uma cena bizarra de corpos escondidos em paredes. O caso envolvia a participação de cartéis de drogas mexicanos e ela passa a integrar uma força-tarefa de agências dos EUA para reprimir o tráfico. No entanto, desde o início, não fica claro quais são os objetivos e as pessoas envolvidas na operação. O espectador acompanha a estória com os olhares da protagonista, tão perdido nesse contexto quanto ela, em meio a fronteira mexicano-americana, sobretudo na grande, pobre, suja e perigosa Ciudad Juárez.
O clima de tensão é uma constante no filme. O diretor Denis Villeneuve consegue magistralmente deixar o espectador ao longo do filme tenso, chocado, enojado e confuso. A trilha sonora de Jóhann Jóhannsson tem um papel relevante nesta construção e foi merecida sua indicação ao Oscar. Também merece destaque a condução das cenas de ação de forma realista, sem pirotecnias. As tomadas acompanham o ponto de vista dos personagens, o que faz com que o espectador tenha uma visão apenas parcial do cenário e das possíveis ameaças.
As atuações são muito boas e mereciam ser lembradas nas indicações ao Oscar. Emily Blunt apresenta um trabalho muito intenso tanto fisicamente quanto emocionalmente, materializando todo o desgaste de sua personagem. Benicio Del Toro, que poderia também ter sido indicado a coadjuvante, e Josh Brolin constroem bem seus personagens enigmáticos, que contribuem para o clima de confusão do filme.
A fotografia é belíssima, especialmente nas tomadas panorâmicas do deserto da fronteira entre México e EUA. O diretor de fotografia é Roger Deakins, figurinha carimbada na categoria, mas que nunca levou o prêmio em 12 indicações anteriores (e o povo faz piada com o DiCaprio!), tendo realizado filmes como Um Sonho de Liberdade, Onde os Fracos Não Tem Vez e 007 - Operação Skyfall.
Sicario é um dos melhores filmes de 2015 e também um dos grandes injustiçados do Oscar 2016. Mas é um filme pesado e perturbador, nem um pouco agradável. Indicado para os que gostam de filmes que mostram a realidade nua e crua.
Nota: 8
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