10 de abril de 2007

Borat

Michael Moore da Comédia


Borat: Cultural Learnings of America for Make Benefit Glorious Nation of Kazakhstan, Dir. Larry Charles, EUA, 2006, 84min

Comédia que suscitou muita polêmica ao redor do mundo por seu humor totalmente politicamente incorreto, Borat é um pseudo-documentário que narra a viagem do personagem título, vivido por Sacha Baron Cohen, para conhecer os hábitos norte-americanos.
O filme inicia-se com Borat Sagdiyev apresentando sua aldeia natal, um povoado bastante pobre, no Cazaquistão. Borat apresenta sua família, seu vizinho, e seus hábitos, já fazendo graça com seu próprio país.
A seguir, Borat viaja aos EUA, com o objetivo de centrar sua visita à New York. Chegando lá, faz piadas com os costumes, lembrando um pouco Crocodilo Dundee, ao tentar cumprimentar as pessoas no metrô e nas ruas. As reações são as mais bizarras possíveis, passando por pessoas que ignoram, as que são agressivas e culminando em um louco que sai correndo quando Borat estende a mão para cumprimentá-lo na rua.
Assistindo à TV no hotel, Borat apaixona-se por Pámela Anderson, a mais famosa salva-vidas do seriado Baywatch, e decide cruzar os EUA até Los Angeles para encontrá-la.
Assim, inicia-se uma jornada que cruza o país, retratando o comportamento “gangsta life” dos negros de Atlanta, as tradicionais famílias cheias de regras de etiqueta do sul do país, universitários que querem beber até cair, prostitutas, evangélicos petencostais, cowboys entre outras figuras típicas da cultura americana.
As piadas retiradas desse estranhamento cultural são excelentes. O protagonista utiliza-se da velha fórmula de se fazer de bobo da corte, para que as pessoas mostrem o pior de si mesmas. Obviamente, fica a questão do que é verdade e do que é encenado no filme. Creio que as melhores piadas são frases reais, ditas por americanos estúpidos.
Borat não é um filme para toda a família. Muitas piadas são pesadas, e há um humor escatológico para chocar até mesmo quem se divirta com isso. Mas quem for assistir ao filme sem estar preocupado com o politicamente correto, com certeza irá rir bastante até mesmo dos momentos mais, digamos, heterodoxos.
Nota: 7
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