Terapia Heavy Metal
Dir: Joe Berlinger/Bruce Sinofsky, EUA, 2004, 141min
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Antes que aqueles que olhem para este filme pense, "ah, mas isso é só para os fãs de metal...", esqueçam. Este filme não é uma ode ao Metallica, mas uma profunda terapia coletiva na qual muitos sentimentos irão aflorar e com os quais é impossível que qualquer ser humano mantenha-se indiferente.
Em 2001, durante a gravação de seu mais recente álbum em estúdio, St. Anger, a banda decidiu registrar em documentário os bastidores do trabalho. Não imaginavam eles o quanto aquilo iria durar, e nem o tanto de feridas que iria expor.
Durante o processo, muitas coisas acontecem. Primeiro, um dos integrantes, o baixista Jason Newsted, decide abandonar a banda por considerar que eles não davam liberdade para que ele tocasse seus projetos pessoais. Pouco depois, o vocalista e guitarrista James Hetfield, após uma série de problemas com os demais integrantes, decide ir para uma clínica de reabilitação, para se recuperar do alcoolismo. Nos vários meses em que ele passa internado, há sérias dúvidas até mesmo sobre a continuidade da banda.
Assim que Hetfield volta, seus problemas com o outro fundador, o baterista Lars Ulrich, tornam-se ainda maiores. A disputa pelo controle entre eles é feroz. E uma amizade forjada na adolescência é seriamente questionada, com um dizendo que nunca gostou do outro. Fazendo o papel de mediadores estão o produtor Bob Rock e o guitarrista Kirk Hammett. E há um terapeuta tentando administrar todo o conflito presente. Por fim, um novo integrante, o baixista Robert Trujillo, é selecionado para integrar a banda.
Alguns fatos curiosos são mostrados, quebrando o estereótipo de metaleiros: Kirk é mostrado andando de cavalo em seu rancho, James é visto acompanhando sua filha na aula de balé e Lars é exibido analisando seu acervo de pinturas.
A direção consegue passar uma aura quase que de Big Brother, com os documentados sentindo-se bem à vontade para interagir livremente. A edição do filme é muito bem feita, especialmente considerando que as gravações duraram mais de um ano, e havia mais de 1200 horas de gravação, que foram muito bem condensadas em pouco mais de 2 horas na tela.
Prova de que o filme é bem mais que um produção voltada aos fãs é o fato de ter vencido o prêmio de melhor documentário no renomado festival de Sundance.
Metallica: Some Kind of Monster, é um excelente documentário, recomendado para qualquer um que queria entender os conflitos que movem os relacionamentos humanos. E. para a felicidade dos fãs, nos quais me incluo, é bom saber que o Metallica venceu toda a turbulência e segue firme arrastando multidões para seus incríveis shows!
Nota: 9
Em 2001, durante a gravação de seu mais recente álbum em estúdio, St. Anger, a banda decidiu registrar em documentário os bastidores do trabalho. Não imaginavam eles o quanto aquilo iria durar, e nem o tanto de feridas que iria expor.
Durante o processo, muitas coisas acontecem. Primeiro, um dos integrantes, o baixista Jason Newsted, decide abandonar a banda por considerar que eles não davam liberdade para que ele tocasse seus projetos pessoais. Pouco depois, o vocalista e guitarrista James Hetfield, após uma série de problemas com os demais integrantes, decide ir para uma clínica de reabilitação, para se recuperar do alcoolismo. Nos vários meses em que ele passa internado, há sérias dúvidas até mesmo sobre a continuidade da banda.
Assim que Hetfield volta, seus problemas com o outro fundador, o baterista Lars Ulrich, tornam-se ainda maiores. A disputa pelo controle entre eles é feroz. E uma amizade forjada na adolescência é seriamente questionada, com um dizendo que nunca gostou do outro. Fazendo o papel de mediadores estão o produtor Bob Rock e o guitarrista Kirk Hammett. E há um terapeuta tentando administrar todo o conflito presente. Por fim, um novo integrante, o baixista Robert Trujillo, é selecionado para integrar a banda.
Alguns fatos curiosos são mostrados, quebrando o estereótipo de metaleiros: Kirk é mostrado andando de cavalo em seu rancho, James é visto acompanhando sua filha na aula de balé e Lars é exibido analisando seu acervo de pinturas.
A direção consegue passar uma aura quase que de Big Brother, com os documentados sentindo-se bem à vontade para interagir livremente. A edição do filme é muito bem feita, especialmente considerando que as gravações duraram mais de um ano, e havia mais de 1200 horas de gravação, que foram muito bem condensadas em pouco mais de 2 horas na tela.
Prova de que o filme é bem mais que um produção voltada aos fãs é o fato de ter vencido o prêmio de melhor documentário no renomado festival de Sundance.
Metallica: Some Kind of Monster, é um excelente documentário, recomendado para qualquer um que queria entender os conflitos que movem os relacionamentos humanos. E. para a felicidade dos fãs, nos quais me incluo, é bom saber que o Metallica venceu toda a turbulência e segue firme arrastando multidões para seus incríveis shows!
Nota: 9