Passeio no Parque
Dir: Colin Trevorrow, EUA/China, 2015, 124min
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Terceira continuação da série iniciada por Jurassic Park, Jurassic World retorna a ilha Nublar onde se passou a ação do primeiro filme, mostrando o parque já aberto. Não é tão ruim quanto as duas continuações anteriores, mas também não traz nada de novo.
Na trama, o parque está prestes a apresentar sua nova atração, um dinossauro carnívoro criado em laboratório e maior que o tiranossauro rex, o indominus rex. No entanto, como era de se esperar, as coisas fogem de controle. Esse é o enredo.
O início do filme até parece ser contestador, ao dizer que os limites éticos na geração de um novo dino foram ignorados para agradar ao público que queria algo maior e mais emocionante. Mas o filme cai em sua própria armadilha, pois nada mais é do que uma versão com mais ação e com um dinossauro maior do que os anteriores.
Tal como no filme original, neste o protagonista (Chris Pratt) é novamente um homem rústico que preza pela vida em meio à natureza. E também estão lá dois irmãos (o mais velho, Nick Robinson, parece o clone de Sean Astin em Os Goonies), que terão de enfrentar os perigos do parque. Por fim tem a bela mocinha sem sal (Bryce Dallas Howard), a controladora e workaholic gerente do parque e tia dos meninos. Ou seja, um bando de personagens sem graça.
Algumas sequências de ação são até interessantes, como a corrida dos velociraptores pela mata. Mas nada que crie um novo padrão para efeitos visuais, como foi o Jurrasic Park. Como eu já disse e também é dito neste vídeo, a computação gráfica está tornando os realizadores de filmes preguiçosos.
Por fim, vale lembrar que o filme foi uma decepção para a comunidade científica. Ao contrário do primeiro, que criou os dinossauros baseados nos mais recentes consensos científicos (como o fato de o tiranossauro mover-se com as costas inclinadas para frente, e não eretas, como sempre era mostrado). Para atualizar, deveriam ter mostrado dinossauros com penas e plumas, como hoje se sabe que diversas espécies eram, mas o diretor, mostrando total falta de ousadia e criatividade, recusou-se a isso, preferindo ser fiel ao primeiro filme do que ser atualizado com as mais recentes evidências paleontológicas.
Como dito, Jurassic World cumpre sua profecia de ser somente uma versão maior, com mais efeitos e mais acelerada que o original, este sim um grande filme, que mexeu com a imaginação de toda uma geração.
Nota: 4
P.S.: Para assistir a uma crítica com vários pontos em comum com a minha, veja o Tiago Belotti (clique aqui).
Na trama, o parque está prestes a apresentar sua nova atração, um dinossauro carnívoro criado em laboratório e maior que o tiranossauro rex, o indominus rex. No entanto, como era de se esperar, as coisas fogem de controle. Esse é o enredo.
O início do filme até parece ser contestador, ao dizer que os limites éticos na geração de um novo dino foram ignorados para agradar ao público que queria algo maior e mais emocionante. Mas o filme cai em sua própria armadilha, pois nada mais é do que uma versão com mais ação e com um dinossauro maior do que os anteriores.
Tal como no filme original, neste o protagonista (Chris Pratt) é novamente um homem rústico que preza pela vida em meio à natureza. E também estão lá dois irmãos (o mais velho, Nick Robinson, parece o clone de Sean Astin em Os Goonies), que terão de enfrentar os perigos do parque. Por fim tem a bela mocinha sem sal (Bryce Dallas Howard), a controladora e workaholic gerente do parque e tia dos meninos. Ou seja, um bando de personagens sem graça.
Algumas sequências de ação são até interessantes, como a corrida dos velociraptores pela mata. Mas nada que crie um novo padrão para efeitos visuais, como foi o Jurrasic Park. Como eu já disse e também é dito neste vídeo, a computação gráfica está tornando os realizadores de filmes preguiçosos.
Por fim, vale lembrar que o filme foi uma decepção para a comunidade científica. Ao contrário do primeiro, que criou os dinossauros baseados nos mais recentes consensos científicos (como o fato de o tiranossauro mover-se com as costas inclinadas para frente, e não eretas, como sempre era mostrado). Para atualizar, deveriam ter mostrado dinossauros com penas e plumas, como hoje se sabe que diversas espécies eram, mas o diretor, mostrando total falta de ousadia e criatividade, recusou-se a isso, preferindo ser fiel ao primeiro filme do que ser atualizado com as mais recentes evidências paleontológicas.
Como dito, Jurassic World cumpre sua profecia de ser somente uma versão maior, com mais efeitos e mais acelerada que o original, este sim um grande filme, que mexeu com a imaginação de toda uma geração.
Nota: 4
P.S.: Para assistir a uma crítica com vários pontos em comum com a minha, veja o Tiago Belotti (clique aqui).