De Volta para o (Exterminador do) Futuro
Terminator Genisys, Dir: Alan Taylor, EUA, 2015, 126min
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O Exterminador do Futuro teve seu primeiro filme em 1984 e uma sequência mais bem sucedida que o original em 1992. Ambos os filmes se tornaram marcos da cultura pop (quem nunca falou "Hasta la vista, baby" que atire o primeiro T-800). Depois, vieram duas continuações, sendo o terceiro filme um fiasco completo e o quarto um pouco diferente por focar somente na guerra entre humanos e máquinas no futuro, não contando nem com Arnold Schwarzenegger no papel principal. Neste novo Exterminador, a estória retrocede ao primeiro filme, para mostrar uma linha do tempo alternativa.
Assim, o filme inicia-se no momento em que o Exterminador original e o protetor de Sarah Connor, Kyle Reese, são enviados a 1984. As cenas são, inclusive, reproduções quase que fiéis do primeiro filme (veja aqui). Mas tão logo as duas personagens chegam à Los Angeles do passado, suas trajetórias se alteram, com o exterminador original enfrentando sua versão mais velha e com Reese enfrentando o T-1000 e sendo resgatado por Sarah Connor.
Sim, é isso mesmo. Uma profunda alteração na linha do tempo vai ocorrer e todos os eventos dos filmes originais serão mudados. Pode até parecer confuso mas não é tão difícil assim de entender. Aliás, já no primeiro Exterminador existia o paradoxo do filho que manda seu pai de volta ao passado para concebê-lo. Ou seja, cronologias paradoxais não são novidade na série.
O enredo é razoável, e equilibra bem cenas de ação e momentos em que a estória deve ser contada. Por mais que haja idas e vindas no tempo, como dito, não é difícil de acompanhar. E até o envelhecimento do Exterminador é bem explicado.
As atuações variam, mas não comprometem o filme. Schwarzenegger nunca foi um bom ator mas o Exterminador é dele e de mais ninguém. Emilia Clarke (Sarah Connor) é uma ótima atriz, muito elogiada por Game of Thrones, Jason Clarke (John Connor) é competente, e há o apoio de luxo do recém-oscarizado J.K.Simmons (O´Brien), em papel menor. O ponto negativo é Jay Courtney (Kyle Reese), ator de filmes de ação que não consegue passar emoção nenhuma, parecendo mais robô do que o Exterminador.
O Exterminador do Futuro: Gênesis segue a nova moda hollywoodiana de fazer reboots (voltar no tempo com uma série de cinema para contar uma nova estória), o que já foi feito com Star Trek e Homem-Aranha. Essa moda revela a falta de novas ideias e de ousadia dos grandes estúdios. Não vou questionar o fato de que o objetivo final deles é o de buscar lucros milionários, mas parece que agora só fazem investimentos conservadores, e dá-lhes sequências, prequels (os antecedentes de uma estória já contada) e spin-offs (aprofundar em um detalhe de uma obra já mostrada, como contar a estória de um personagem secundário).
E o público aplaude isso, gostando de reviver suas emoções passadas nas telas, chorando sempre a mesma lágrima, diagnóstico que Lima Duarte fez há quase dez anos sobre as novelas da Globo. Neste ano teremos um novo Star Wars, e, por mais que eu espere ansiosamente pelo filme, receio que simplesmente façam um roteiro que seja somente uma cópia atualizada da trilogia original, feito com base na nostalgia das personagens clássicas e da trilha sonora do John Williams, sem nada a acrescentar (clique aqui para ver que até o Hitler do meme ficou preocupado com o trailer).
Sim, é isso mesmo. Uma profunda alteração na linha do tempo vai ocorrer e todos os eventos dos filmes originais serão mudados. Pode até parecer confuso mas não é tão difícil assim de entender. Aliás, já no primeiro Exterminador existia o paradoxo do filho que manda seu pai de volta ao passado para concebê-lo. Ou seja, cronologias paradoxais não são novidade na série.
O enredo é razoável, e equilibra bem cenas de ação e momentos em que a estória deve ser contada. Por mais que haja idas e vindas no tempo, como dito, não é difícil de acompanhar. E até o envelhecimento do Exterminador é bem explicado.
As atuações variam, mas não comprometem o filme. Schwarzenegger nunca foi um bom ator mas o Exterminador é dele e de mais ninguém. Emilia Clarke (Sarah Connor) é uma ótima atriz, muito elogiada por Game of Thrones, Jason Clarke (John Connor) é competente, e há o apoio de luxo do recém-oscarizado J.K.Simmons (O´Brien), em papel menor. O ponto negativo é Jay Courtney (Kyle Reese), ator de filmes de ação que não consegue passar emoção nenhuma, parecendo mais robô do que o Exterminador.
O Exterminador do Futuro: Gênesis segue a nova moda hollywoodiana de fazer reboots (voltar no tempo com uma série de cinema para contar uma nova estória), o que já foi feito com Star Trek e Homem-Aranha. Essa moda revela a falta de novas ideias e de ousadia dos grandes estúdios. Não vou questionar o fato de que o objetivo final deles é o de buscar lucros milionários, mas parece que agora só fazem investimentos conservadores, e dá-lhes sequências, prequels (os antecedentes de uma estória já contada) e spin-offs (aprofundar em um detalhe de uma obra já mostrada, como contar a estória de um personagem secundário).
E o público aplaude isso, gostando de reviver suas emoções passadas nas telas, chorando sempre a mesma lágrima, diagnóstico que Lima Duarte fez há quase dez anos sobre as novelas da Globo. Neste ano teremos um novo Star Wars, e, por mais que eu espere ansiosamente pelo filme, receio que simplesmente façam um roteiro que seja somente uma cópia atualizada da trilogia original, feito com base na nostalgia das personagens clássicas e da trilha sonora do John Williams, sem nada a acrescentar (clique aqui para ver que até o Hitler do meme ficou preocupado com o trailer).
Mas, retornando ao filme, O Exterminador do Futuro: Gênesis, em um cenário de filmes de estúdio ruins, como a série Velozes e Furiosos, é até um filme de ação/ficção-científica razoável para quem ignorar sua falta de originalidade.
Nota: 5